ATA DA DÉCIMA QUARTA REUNIÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA
COMISSÃO REPRESENTATIVA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 21-7-2005.
Aos vinte e um dias do mês de julho de dois mil e
cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Comissão
Representativa da Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quarenta e
cinco minutos, foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos
Vereadores Adeli Sell, Carlos Todeschini, Elói Guimarães, Ervino Besson, João
Antonio Dib, Neuza Canabarro e Raul Carrion, Titulares, e Mônica Leal,
Não-Titular. Ainda, durante a Reunião, compareceram os Vereadores Bernardino
Vendruscolo, Clênia Maranhão, João Carlos Nedel e Luiz Braz, Titulares.
Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos.
À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Haroldo de Souza, os Pedidos de
Providências nos 1572, 1573, 1574, 1575, 1576, 1577, 1578, 1582,
1583, 1584, 1585, 1586, 1587, 1588, 1613, 1614, 1615, 1616, 1617, 1618, 1619,
1620, 1621, 1622, 1623, 1624, 1625, 1626, 1627, 1628, 1629, 1630, 1631, 1632,
1638, 1639, 1640, 1641, 1642, 1643, 1644, 1645, 1646, 1647, 1648, 1649, 1650,
1651, 1652, 1653, 1654, 1657, 1658, 1659, 1660, 1661, 1662, 1663, 1664, 1665,
1666, 1667, 1668, 1672, 1673, 1674, 1675, 1676, 1677, 1678, 1679, 1680, 1681,
1682, 1683, 1684, 1685, 1686, 1687, 1688, 1689, 1690, 1691, 1692, 1693, 1694,
1695, 1696, 1697, 1698, 1699, 1700, 1701, 1702, 1703, 1704, 1705, 1706, 1707,
1708, 1709, 1710, 1711 e 1712/05 (Processos nos 4088, 4089, 4090, 4091,
4092, 4093, 4094, 4101, 4103, 4105, 4106, 4108, 4109, 4110, 4173, 4174, 4175,
4176, 4177, 4178, 4179, 4180, 4181, 4182, 4183, 4186, 4187, 4188, 4189, 4190,
4191, 4192, 4193, 4194, 4200, 4201, 4202, 4203, 4204, 4205, 4206, 4207, 4208,
4209, 4210, 4211, 4212, 4213, 4214, 4215, 4216, 4219, 4220, 4221, 4222, 4223,
4224, 4225, 4226, 4227, 4228, 4229, 4230, 4234, 4235, 4236, 4237, 4238, 4239,
4240, 4241, 4242, 4243, 4244, 4245, 4246, 4247, 4248, 4249, 4250, 4251, 4252,
4253, 4254, 4255, 4256, 4257, 4258, 4259, 4260, 4261, 4262, 4263, 4264, 4265,
4266, 4267, 4268, 4269, 4270, 4271, 4272, 4273 e 4274/05, respectivamente);
pelo Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providências nos
1744, 1749 e 1750/05 (Processos nos 4403, 4435 e 4436/05,
respectivamente). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 10337380,
10337381, 10337382, 10337383, 10337384, 10337385, 10337386, 10337387, 10337388
e 10337389/05, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Também, foi
apregoado Comunicado de autoria do Vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada
do PP, informando que, na presente Reunião, Sua Excelência substituirá o
Vereador João Carlos Nedel, Titular, nos termos do artigo 83, parágrafo único,
do Regimento. Ainda, foi apregoado o Memorando nº 145/05, firmado pelo Vereador
Elói Guimarães, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do
qual Sua Excelência informa que a Vereadora Manuela d'Ávila representará
externamente esta Casa no “XVI Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes”,
a ser realizado em Caracas – Venezuela, no período de sete a quinze de agosto
de dois mil e cinco, com ônus para este Legislativo. A seguir, foi apregoada
Minuta do Termo de Convênio firmado entre a Câmara Municipal de Porto Alegre e
a Universidade Luterana do Brasil – ULBRA –, o qual dispõe sobre a concessão de
desconto, nessa instituição de ensino, para funcionários deste Legislativo e
seus dependentes. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Adeli Sell pronunciou-se a
respeito da falta de segurança na Cidade, afirmando que esse problema existe
tanto em bairros pobres quanto de classe média. Nesse sentido, mencionou sua atuação
como Secretário Municipal da Produção, Indústria e Comércio, quando combateu
irregularidades existentes no funcionamento de bares e restaurantes noturnos,
criticando a concessão de liminares judiciais que permitem a reabertura desses
locais. A Vereadora Mônica Leal discordou do pronunciamento do Vereador Carlos
Todeschini, realizado na Reunião Ordinária de ontem, em relação às condições
dos serviços de saúde prestados pela Prefeitura Municipal, argumentando que a
Secretaria Municipal de Saúde vem desenvolvendo um trabalho melhor do que nos
últimos anos. Ainda, referiu-se a aspectos da área da saúde que sofreram
aprimoramentos, citando a realização de cirurgias atrasadas e a
disponibilização de medicamentos. O Vereador Carlos Todeschini considerou
inaceitável a notícia de que o Departamento Municipal de Água e Esgotos cortou
o abastecimento de água de uma creche comunitária, alegando que o Governo
Municipal anterior sempre buscava a renegociação das dívidas de
estabelecimentos de ensino. Também, afirmou que as condições dos serviços de
saúde em Porto Alegre pioraram, apontando a falta de médicos clínicos gerais
como o principal problema dos Postos de Saúde. O Vereador João Antonio Dib
discordou do pronunciamento do Vereador Carlos Todeschini, em Comunicações,
sustentando que o abastecimento de água foi cortado em uma creche porque o
pagamento estava atrasado há quatro anos e tentativas de negociação foram
ignoradas. Ainda, ressaltou que o encaminhamento de Mensagem Retificativa ao
Projeto do Plano Plurianual foi correto, assegurando que o Governo Municipal
cumpriu o disposto no artigo 100 da Lei Orgânica do Município. Na oportunidade,
por solicitação do Vereador Bernardino Vendruscolo, foi realizado um minuto de
silêncio em homenagem póstuma ao Senhor Dawid Josef Kapel, ex-Diretor da
Fábrica de Móveis Santa Cecília, falecido no dia de ontem. Em COMUNICAÇÕES, o
Vereador Ervino Besson elogiou a Receita Federal pela doação, a escolas
carentes, de pares de tênis e folhas de papel apreendidos. Ainda, cobrou do
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva o cumprimento de promessas eleitorais
feitas em dois mil e dois. Finalizando, destacou a necessidade de apuração das
denúncias de corrupção no Congresso e considerou o Deputado Federal Alceu
Collares qualificado para concorrer à Presidência da República no ano que vem.
O Vereador Luiz Braz discursou sobre denúncias de possível envolvimento do
Banco de Minas Gerais – BMG – em casos de corrupção no Governo Federal,
questionando os benefícios que essa instituição bancária teria obtido junto à
Prefeitura Municipal de Porto Alegre no Governo Municipal do Partido dos
Trabalhadores, para emprestar dinheiro a funcionários públicos municipais, com
desconto em folha de pagamento. A Vereadora Neuza Canabarro procedeu à leitura
do documento “Por Um Brasil Decente”, apresentado na campanha eleitoral de dois
mil e dois pelo então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, alegando que as
medidas levantadas nesse documento devem ser averiguadas. Também, referiu-se ao
livro “Casos & Coisas”, de autoria do publicitário Duda Mendonça, que narra
episódio ocorrido na campanha eleitoral à Presidência da República, e acusou a
cúpula do PT de enganar o povo brasileiro. O Vereador Raul Carrion lamentou a
previsão de saída do Ministro das Cidades Olívio Dutra, divergindo da indicação
de um nome do Partido Progressista para ocupar essa Pasta. Ainda, registrou o
retorno do Deputado Federal Aldo Rebelo à Câmara dos Deputados, aprovando seu
trabalho na Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais.
Finalizando, homenageou as ações da Polícia Federal em relação às denúncias de
sonegação fiscal pelas Lojas Daslu. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Raul
Carrion parabenizou a Petrobrás pela subida de dezenove posições no “ranking”
das maiores empresas do mundo, frisando que a empresa agora ocupa a centésima
vigésima quinta posição nessa lista. Também, declarou que o Governo Federal
promoveu mudanças nas políticas financeira e internacional, aplaudindo os
resultados econômicos atingidos nos últimos anos e repelindo a entrada do
Brasil na Área de Livre Comércio das Américas. A Vereadora Neuza Canabarro
abordou denúncias divulgadas pela imprensa, de casos de corrupção junto ao
Governo Federal, contestando os pronunciamentos referentes ao assunto, hoje
efetuados pelo Vereador Raul Carrion. Nesse sentido, teceu críticas à gestão do
Senhor Luiz Inácio Lula da Silva como Presidente da República, afirmando que
Sua Excelência não possui o preparo necessário para garantir o pleno exercício
de suas atividades, em face da complexidade inerente ao cargo que ocupa. Em
COMUNICAÇÕES, o Vereador Bernardino Vendruscolo debateu o Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 011/05, de sua autoria, que viabiliza o parcelamento
do Imposto sobre Transmissão Inter-Vivos – ITBI. Também, relatando problemas
vivenciados por Sua Excelência com relação a contrato mantido com a Empresa de
Telefonia Vivo, solicitou à Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos
que investigue os serviços prestados por essa companhia no Município. A seguir,
o Senhor Presidente registrou as presenças dos Senhores Luiz Alcides Capoani e
Ibá Ilha Moreira, informando que Suas Senhorias comparecem à Casa para convidar
os Senhores Vereadores para a posse da Diretoria do Instituto de Perícias e
Engenharia de Avaliações do Rio Grande do Sul – IBAPE/RS –, gestão dois mil e
cinco e dois mil e seis, a ocorrer no dia primeiro de agosto do corrente. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Luiz Braz aludiu à atuação do Partido dos
Trabalhadores no Governo Federal, abordando denúncias divulgadas pela imprensa,
de casos de corrupção em Órgãos Públicos do País. Sobre o tema, questionou a
política externa brasileira, analisando questões atinentes à soberania nacional
e à liberação de áreas de trabalho para profissionais estrangeiros, em especial
quando oriundos de países que possuem orientações de tendência comunista. Em
COMUNICAÇÕES, a Vereadora Clênia Maranhão comentou Comissões Parlamentares de
Inquérito criadas ou em criação no Congresso Nacional, tendo como foco
denúncias de corrupção envolvendo empresas públicas e privadas e parlamentares
de diferentes Partidos Políticos. Ainda, mencionou atentados terroristas
ocorridos hoje em estações de metrô e em ônibus de Londres, na Inglaterra,
lembrando incidentes similares verificados naquele país em sete de julho do corrente.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Clênia Maranhão, dando continuidade ao seu
pronunciamento em Comunicação de Líder, sobre atentados terroristas acontecidos
na Inglaterra, examinou o problema da violência na sociedade contemporânea.
Quanto ao assunto, ressaltou a importância, para a sobrevivência humana, de
movimentos que busquem maior valorização de conceitos como ética, solidariedade
e respeito à diversidade encontrada em todos os seres vivos do planeta. O Vereador
João Antonio Dib teceu considerações a respeito da compra, pela Presidência da
República, de um avião fabricado no exterior, o que, segundo Sua Excelência, é
um desprestígio à Empresa Brasileira de Aeronáutica – EMBRAER. Ainda,
pronunciou-se sobre a publicação dos balancetes e prestações de contas da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre, justificando que continuará atento aos
dados financeiros do Município. O Vereador Bernardino Vendruscolo relatou
problemas enfrentados junto à empresa de telefonia celular Vivo para
regularizar a situação de uma linha telefônica que possui, alegando que os
serviços prestados por essa companhia deixa a desejar. Nesse sentido, debateu a
possibilidade de que a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos
desta Casa se posicione em relação ao desrespeito que, na opinião de Sua
Excelência, está acontecendo com usuários de telefonia móvel. O Vereador Carlos
Todeschini realçou a participação do Ministério da Saúde no repasse de recursos
para a área da saúde de Porto Alegre para a realização de cirurgias pendentes.
Também, declarou que as doações do Banco de Minas Gerais para campanhas
políticas do Partido dos Trabalhadores estão legalmente contabilizadas.
Finalizando, posicionou-se criticamente quanto às privatizações de empresas
públicas, realizadas anteriormente aos Governos do PT no Rio Grande do Sul e no
Brasil. Às onze horas e cinqüenta e três minutos, constatada a inexistência de
quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores
Vereadores Titulares para a Reunião Ordinária da próxima quarta-feira, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Elói Guimarães e Luiz
Braz e secretariados pelo Vereador Ervino Besson, Secretário “ad hoc”. Do que
eu, Ervino Besson, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata
que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores
Presidente e 1º Secretário.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu vou pedir
ao Sr. Secretário ad hoc, Ver. Ervino Besson, que proceda à leitura da
minuta do Convênio que a Casa firmou ontem, pela Presidência e, de resto, pela
Mesa, com a Ulbra - Universidade Luterana do Brasil. Nós tivemos a
oportunidade, ontem à tarde, às 15 horas, de firmar esse Convênio.
O
SR. SECRETÁRIO ad hoc (Ervino Besson): (Lê.) “TERMO DE CONVÊNIO - Que
celebram a CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE e a UNIVERSIDADE LUTERANA DO
BRASIL, através da ULBRA CANOAS.
“A
CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, com sede em Porto Alegre, na Av.
Loureiro da Silva, 255, inscrita no CNPJ sob nº 89.522.437/0001-07, neste ato
representada por seu Presidente, Vereador Elói Francisco Pedroso Guimarães, de
ora em diante denominada simplesmente CÂMARA, e, de outro lado, a UNIVERSIDADE
LUTERANA DO BRASIL - ULBRA, instituição de Ensino Superior localizada na Rua
Farroupilha, 8001, bairro São Luís, RS, na cidade de Canoas, CNPJ nº
88.332.580/0006-70, mantida pela COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA SÃO PAULO -
CELSP, com sede em Canoas/RS, CNPJ nº 88.332.580/0001-65, neste ato
representada por seu Procurador Ruben Eugen Becker, aqui simplesmente
denominada ULBRA, firmam o presente Convênio, sob as seguintes cláusulas e
condições:
“CLÁUSULA
PRIMEIRA - OBJETO: O Convênio tem por finalidade estabelecer a integração entre
a ULBRA e a CÂMARA, objetivando a obtenção de descontos no valor das
mensalidades em todos os níveis de ensino oferecidos pela Instituição de
Ensino, exceto os mencionados na Cláusula Segunda, subitem 2.2, letra a,
a título de bolsas de estudos para funcionários da CÂMARA e seus dependentes
beneficiados pelo presente, desde que somem o mínimo de 10 alunos.
“CLÁUSULA
SEGUNDA - OBRIGAÇÕES DAS PARTES: A CÂMARA compromete-se a: a) Divulgar, através
dos seus veículos internos de comunicação, o Programa de Concessão de Bolsas
firmado no presente instrumento. b) Formalizar as bolsas concedidas a partir da
assinatura deste convênio, mediante requerimento do aluno e comprovação de
vínculo com a convenente, através de declaração em papel timbrado, assinada e
carimbada, ficando estabelecido que a cada renovação de matrícula o vínculo
deverá ser comprovado.
“2.2 - A ULBRA se compromete a: a) Conceder
descontos, a título de bolsas de estudos, a partir da assinatura deste
instrumento, no percentual de 10% (dez por cento) no valor das mensalidades,
exceto nos cursos de FILOSOFIA, GEOGRAFIA, HISTÓRIA, LETRAS, PEDAGOGIA,
SECRETÁRIO EXECUTIVO, TEOLOGIA, SERVIÇO SOCIAL, ARTES VISUAIS, BIOLOGIA, ED.
FÍSICA, QUÍMICA, FÍSICA, MATEMÁTICA, MATEMÁTICA APLICADA À INFORMÁTICA,
CIÊNCIAS POLÍTICAS, MEDICINA VETERINÁRIA, ODONTOLOGIA, MEDICINA, MBA’s,
MESTRADOS E DOUTORADOS. b) Os descontos concedidos não são cumulativos, podendo
o aluno optar pelo maior. c)
Garantir que, em caso de rescisão do presente Termo de Convênio ou sua
renovação, o benefício concedido através das bolsas de estudo para os
beneficiários inscritos nos cursos patrocinados pela Instituição seja mantido
até a conclusão do semestre em curso.
“CLÁUSULA
TERCEIRA - DO PRAZO: O prazo de vigência deste Convênio será de 1 (um)
ano a contar da data de assinatura, podendo ser prorrogado por igual ou
inferior período, mediante aditivo a ser firmado entre as partes.
“CLÁUSULA QUARTA - DAS DESPESAS E PAGAMENTOS: 4.1 -
O pagamento das mensalidades e outras despesas decorrentes da participação dos
beneficiários e de seus dependentes
será realizado pelo aluno ou responsável legal diretamente à ULBRA. 4.2 - Os
beneficiários e seus dependentes estão sujeitos ao Contrato de Prestação de
Serviços Educacionais, ao Regimento, Normas e Procedimentos Internos da ULBRA,
durante a sua permanência em suas instalações. 4.3 - As bolsas de estudo
concedidas através do presente convênio estarão suspensas nos seguintes casos:
a) falência ou concordata dos partícipes; b) desligamento dos funcionários da
CÂMARA. 4.4 - O atraso do pagamento das mensalidades escolares acarretará perda
do direito do desconto concedido pela ULBRA. 4.5 - O percentual do desconto
referente às bolsas de estudo, objeto do presente convênio, será concedido para
os pagamentos de mensalidades efetuados até o vencimento, dia 10 (dez) de cada
mês. 4.6 - Os percentuais referentes às bolsas de estudo incidirão apenas sobre
o valor das mensalidades, ficando excluída da aplicação do referido percentual
o valor correspondente à aquisição de materiais didáticos e outros.
“CLÁUSULA
QUINTA - ASPECTOS GERAIS: 5.1 - Os Partícipes não responderão por quaisquer
inadimplementos ou prejuízos oriundos de situações de caso fortuito ou força
maior. 5.2 - As condições constantes no presente instrumento podem ser objeto
de alteração, mediante Termo Aditivo. 5.3 - São beneficiários do presente
convênio os funcionários da CÂMARA, bem como os seus respectivos dependentes.
“CLÁUSULA
SEXTA - OBRIGAÇÕES DOS BENEFICIÁRIOS: Os beneficiários deverão comprovar o seu
vínculo com a Convenente, apresentando à INSTITUIÇÃO DE ENSINO, no ato da
matrícula e também nas suas sucessivas renovações, declaração firmada pela
Direção da CÂMARA onde conste o nome do beneficiário, o respectivo Curso e a
Unidade - Campus da ULBRA, em que o mesmo está vinculado.
“CLÁUSULA
SÉTIMA - DENÚNCIA E ENCERRAMENTO: 7.1 - O presente Convênio encerrar-se-á de
pleno direito pelo advento de seu termo, sem prorrogação, pela impossibilidade
da consecução do seu objeto ou por mútuo consentimento das partes. 7.2 - Qualquer das partes poderá, a qualquer tempo, denunciar o presente
Convênio, mediante prévia notificação por escrito, cujos efeitos
consubstanciar-se-ão no prazo de 30 (trinta) dias a contar do seu recebimento,
respeitado o período letivo em andamento.
“CLÁUSULA OITAVA - FORO: As partes conveniadas elegem o Foro Central da Comarca de Porto
Alegre/Rio Grande do Sul para dirimir quaisquer questões que resultarem deste Convênio,
ficando estabelecido, desde já, que qualquer alteração deste deverá ser
instituída por Termo Aditivo.
“E, por estarem em
pleno acordo com as cláusulas e condições estabelecidas, firmam as Partes o
presente Convênio em 03 (três) vias de igual teor, que, depois de lido e
aprovado, vai pelos Convenentes e testemunhas assinado. Porto Alegre; Elói
Francisco Pedroso Guimarães, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre;
Ruben Eugen Becker, representante da ULBRA/CELSP.”
De minha parte, como
Vereador desta Casa, quero saudar a Presidência e a Direção desta Casa por essa
brilhante iniciativa. Sem dúvida nenhuma, trará grande benefício aos Vereadores
e aos funcionários da Casa.
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Lido o Convênio, no curso da
semana entrante, vamos comunicar aos funcionários, vamos detalhar o benefício
que representa esse Convênio, que proporciona 10% de desconto no valor da
mensalidade.
Passamos às
O Ver. Adeli Sell
está com a palavra em Comunicações.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, cidadãos e
cidadãs de Porto Alegre, nós estivemos ontem à noite numa reunião que tratou da
Segurança Pública na comunidade São Manoel, com a Associação da Bela Vista. Nós
pudemos constatar que os problemas de insegurança na cidade de Porto Alegre são
brutais. Não é apenas uma pessoa que é assassinada a facadas na principal rua da
Restinga e que fica por horas e horas ali, é também na rótula da Av. Nilo
Peçanha: quando os carros vão mais devagar e estão com os vidros abertos,
pessoas são tiradas de dentro dos carros, e os carros são levados embora. Há 48
horas, um sargento foi alvejado em pleno bairro Bela Vista. Na blitz
feita pela Brigada, no final de semana, sete armas de fogo foram apreendidas
nesse Bairro, um dos bairros mais sofisticados e nobres da cidade de Porto
Alegre. Não é diferente a insegurança na periferia, no Centro ou nos bairros
das classes mais abastadas da cidade de Porto Alegre.
No bairro Rio Branco, a situação é inaceitável,
inaceitável! Uma casa noturna, na rua Dona Laura nº 40 - aquele número tem
alguma coisa, porque sempre houve problemas naquele local. Eu lembro, quando
Secretário, que cassei e fechei uma casa noturna lá; no entanto abre com outro
nome, outra razão social. E eis que, mais uma vez - e não me venham dizer que a
Justiça do Rio Grande do Sul é melhor do que o resto do Brasil -, os vizinhos
não agüentam mais, ninguém dorme, e essa casa noturna funciona com liminar
judicial. Não é a primeira, não é a única, e tenho certeza de que não será a
última. Ou os juízes vivem numa redoma de vidro, não saem de suas casas... Mas
cuidado! Podem ter filhos nos colégios, e seus filhos podem circular à noite,
e, quando a tragédia chegar, chegará tarde demais a condição de fechar esses equipamentos.
Na Rua Vasco da Gama - anotem, senhoras e senhores
- nº 10.070, mostrei aqui, funciona uma casa noturna que não deixa ninguém
dormir quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo!
Falei esta semana, quando da inauguração do Viaduto
Utzig, com o Secretário Idenir Cecchin, chamei a sua atenção para essa questão,
e ele me informou sobre essa Liminar da casa da Rua Dona Laura.
São sempre os mesmos, Ver. João Dib; eu sei que o
senhor conhece a situação. Os donos desse equipamento que nós fechamos no
bairro Moinhos de Vento são os mesmos de outro equipamento na Rua Padre Chagas,
são três sócios. São sempre os mesmos, são pessoas que, na semana passada,
estavam - com suas fotos coloridas - nas colunas sociais. Eu tenho os nomes e
estou fazendo um arquivo como a Polícia Federal faz, com as colunas sociais,
constando os bares, onde eles são sócios, as casas noturnas, porque nós vamos
ter que, mais cedo ou mais tarde, abrir uma CPI, o que aqui se chama de
Comissão Especial de Investigação, para investigar as casas noturnas de Porto
Alegre. Por que algumas conseguem ficar abertas ad eternum? Eu fui
Secretário e sei das dificuldades. Mas, provavelmente, mesmo quando eu estive
na Secretaria, algumas conseguiram fazer manobras, porque agora foram verificadas
as maracutaias que lá são feitas.
Uma servidora nós conseguimos demitir, foi na minha
gestão, inclusive, para o bem e para a defesa dos bons funcionários daquela
Secretaria, que são a sua ampla maioria, porque em tudo é preciso “separar o
joio do trigo”: os bons funcionários, os bons bares e os bons restaurantes. O
Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes, que tem sido um parceiro de diálogo
com esta Casa, não pode ser responsabilizado por uma meia dúzia de bares,
restaurantes e casas noturnas, pelas maracutaias que esses fazem.
Eu faço um apelo público à Brigada Militar, à EPTC
e à SMIC no sentido de que façam uma força-tarefa, que enfrentem a situação no
bairro Rio Branco com a urgência que o caso merece. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Almerindo Filho está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Ausente. A Verª Mônica Leal está com a palavra em
Comunicações.
A SRA. MÔNICA
LEAL: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores, Verª Neuza
Canabarro, funcionários desta Casa, ontem, assistindo à TVCâmara, a qual eu
acompanho - até porque, como jornalista, sou uma admiradora do trabalho dos
meus colegas -, assisti à manifestação do Ver. Carlos Todeschini, por quem eu
tenho o maior respeito e uma amizade muito grande. E sinto-me na obrigação de
ocupar esta tribuna hoje para dizer às pessoas que nos assistem que não
concordo com a manifestação do Vereador, quando ontem apontou inúmeros
problemas falando, sobre a Saúde na cidade de Porto Alegre.
Eu quero dizer que, como Vereadora e como cidadã,
Vereador, eu vejo problemas, mas, assim como tudo, temos problemas no seu
Partido, no meu, em todos. E, copiando o final da fala do Ver. Adeli Sell,
quero dizer que nesse momento é preciso separar as coisas, porque é de muita
importância a nossa manifestação. Nós não podemos fazer denúncias, não podemos
falar por falar, sem a responsabilidade de falarmos coisas corretas, como elas
realmente são.
Eu vejo a Saúde em Porto Alegre, hoje, bem melhor
do que esteve durante dezesseis anos, quando o Partido dos Trabalhadores foi o
administrador dessa Pasta. Por exemplo, como funcionária do Ver. Pedro Américo
Leal, que presidiu inclusive a COSMAM, a Comissão de Saúde, eu acompanhei
inúmeros casos de pessoas que, por anos, esperaram por cirurgias nas filas e
que, quando foram chamadas, já haviam falecido. Outros casos dos quais eu
também me lembro foram de mulheres com câncer que precisavam de uma mamografia
e que não conseguiam fazer esse exame. Inclusive, uma vez, coloquei uma senhora
no meu carro e a acompanhei até o hospital e ameacei com a imprensa, com a
minha carteirinha de jornalista. Então, são casos que eu lembro muito bem.
Hoje eu vejo com muita alegria o Secretário Pedro
Gus, um médico, um técnico, que, em menos de seis meses de Governo, de Administração desta Pasta - a qual nós sabemos ser tão
difícil -, fez o mutirão de cirurgias, que irá contemplar um total de 4.200
pessoas no próximo mês. No dia 4 de junho de 2005, a Secretaria Municipal da
Saúde, em parceria com o SUS, proporcionou consultas de avaliação
pré-operatórias para um mutirão de cirurgias, tendo as operações iniciado no
dia 11 de junho. Esse projeto busca atender às demandas de operações reprimidas
até dezembro de 2004, em que alguns pacientes, Ver. Todeschini, esperam desde
os anos de 1998, 1999. Ou seja, as pessoas esperam por isso há cinco ou seis
anos; pessoas essas que, na sua grande maioria, poderiam ficar deformadas,
aleijadas, se não acontecessem essas cirurgias.
As Farmácias
Distritais também são um trabalho do nosso Secretário Pedro Gus, proporcionando
a redução de filas e controle da distribuição de medicamentos. Outros trabalhos
também realizados pelo nosso Secretário da Saúde com a Operação Inverno Porto
Alegre com Saúde, de 1 de junho a 16 de setembro; ampliação do número de leitos
clínicos e UTIs; ampliação do horário de atendimento em alguns postos de saúde,
com a disponibilização de mais medicamentos, principalmente aqueles para
combater infecções respiratórias; Programa Saúde da Família, equipes que
atendem em casa cerca de mil famílias, para resolver diversas questões, como
problemas relacionados ao meio ambiente, condições de moradia e saneamento básico.
O Dr. Pedro Gus e o
nosso Prefeito José Fogaça se interessaram, sim, e muito, pela Saúde, porque
esse é um problema que nos preocupa começa em casa. A listagem, que era o
grande problema na Saúde, que motivava a repetição das inscrições de pacientes para
cirurgias, ou procedimentos clínicos, hoje, foi totalmente digitalizada pela
PROCEMPA - Companhia de Processamento de Dados do Município -, num trabalho
integrado com a Secretária Municipal de Saúde.
Então,
senhores, eu me senti na obrigação de ocupar esta tribuna e deixar claro aos
ouvintes, às pessoas, que nós temos problemas, sim, na Saúde, e não é a minha
pretensão querer dizer que eles não existem. Mas só um pouquinho, sejamos
responsáveis, ajuizados, são seis meses de Governo para dezesseis anos da
Administração anterior. Com muito orgulho, nós acompanhamos o mutirão, que
amenizou o problema daquelas pessoas que poderiam ficar aleijadas, deformadas.
Querido Ver. Todeschini, eu me vejo na obrigação de deixar claro ao ouvinte,
como membro da COSMAM, como Vereadora desta Cidade e como Vice-Líder da base do
Governo, que a Saúde começa a ir muito bem na cidade de Porto Alegre. O
Prefeito Fogaça e o Secretário têm demonstrado isso pouco a pouco, e, quem
sabe, nós não ocuparemos esta tribuna para, num futuro próximo, dizer que todos
os problemas estão sendo completamente resolvidos. Obrigada.
(Revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos
Todeschini está com a palavra em Comunicações.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
assistência do Canal 16, eu venho aqui e vou debater, sim, com a minha querida
amiga Verª Mônica Leal, que tem todo o meu carinho e apreço. Nós, como
Vereadores, temos o dever de debater, temos o dever de ajudar, a nossa crítica
é uma contribuição para a Cidade, porque senão não haveria sentido nós termos
aqui uma Casa que se chama Parlamento, onde se fala, onde as coisas boas têm de
ser afirmadas e onde aquilo que põe em perigo a vida, a segurança, o conforto e
o bem-estar das pessoas tem de ser debatido.
O
primeiro assunto que eu quero trazer aqui é a manchete estampada no jornal
Diário Gaúcho de ontem (Lê.): “DMAE corta água de creche com 120 crianças”.
Isso é aceitável, Ver. João Dib? Ainda que as contas estejam em atraso, é
aceitável que as crianças pobres, de pais pobres, que precisam ficar na creche
tenham o abastecimento de água cortado? Eu quero dizer, Ver. João Dib, que, no
meu tempo, nós não fizemos isso. Ninguém isentou, mas há formas e formas de
fazer isso. Nós negociamos o abastecimento de água, conforme as possibilidades
de pagamento, de todas as creches que nos procuraram para fazer isso e também
de colégios de classe média, que não tiveram tratamento diferenciado. Lembro
muito bem a visita que me fez, na época, o então Ver. Isaac Ainhorn, a respeito
do colégio do qual ele faz parte, parece-me, o Colégio Israelita. Então, todos
tiveram o mesmo tratamento. Agora, é inaceitável tratar dessa forma um assunto
de uma delicadeza dessa. Isso, Verª Mônica Leal, dói muito, porque a água - e
eu militei muito, inclusive em plano internacional - é um direito elementar e
básico de todos, independente da condição de pagamento. E aqui estamos falando
de crianças, que não podem ser privadas do direito à água. Uma creche foi
fechada por isso; é lamentável, e é a nova orientação do Governo.
Assim
como os Programas, como o Programa Socioambiental, também são desmontados
dentro da mesma lógica; eles tinham de atender, numa visão integrada, as
pessoas que vivem em área de risco na bacia do arroio Cavalhada, na Vila dos
Sargentos, nesses lugares de pessoas humildes, pobres e necessitadas que
precisam de uma resposta ambiental para melhorar a questão da salubridade.
Verª
Mônica, o Prefeito Fogaça se elegeu dizendo que melhoraria as questões sociais,
em especial, em relação à grande crítica e ao grande debate da questão da
Saúde. Com tranqüilidade, eu posso dizer que, infelizmente, em que pese seis
meses terem se passado, as coisas não melhoraram; elas pioraram na Saúde. A
opinião das pessoas que demandam o serviço tem de ser ouvida, esse é o
problema, porque, se tivesse ficado igual, ainda poderíamos entender, mas
pioraram, e muito. E por que isso? Posto de Saúde do Barro Vermelho, desde
janeiro sem médico; Posto da Vila Castelo, reduziu em 25% as consultas médicas,
o atendimento médico; Posto da Pitinga, há um mês e meio não há nenhum médico;
no Rubem Berta acontece a mesma coisa, todos os funcionários estão doentes por
estresse, porque o Governo não está oferecendo condições de atendimento. Ontem
fui a esse Posto, eram mais de quatrocentas pessoas, e uma mãe, por exemplo,
tinha o filhinho no colo, uma criança talvez com uns 12Kg, uma criança bem
nutrida, dava para se ver, ela estava há algumas horas no colo, desde a madrugada.
Então,
temos de ter a consciência, estamos falando de uma situação delicada em que as
pessoas não podem ficar à mercê da vontade, da opção dos governantes. Os
problemas têm de ser resolvidos. E não estamos tratando aqui de consultas
especializadas; V. Exª tem razão, algumas têm filas que levam anos, e a gente
sabe que também isso é em função de sistemas de corrupção que foram, há pouco,
denunciados, como a gente presenciou lá no Hospital Cristo Redentor e no
Hospital Conceição, o que é lamentável. A corrupção na área da Saúde é um tema
com o qual vou me ocupar nos próximos dias. Mas o faltante, a carência básica
nos postos de saúde, Verª Mônica, é de clínico geral, para as pessoas terem o
tratamento elementar.
Quero aplaudir também a questão do mutirão, que eu acho que é uma medida que vem resolver as pendências das filas, dos atendimentos especializados. Temos que reconhecer que foi um esforço do Governo Municipal, com ajuda do Governo Federal, com o repasse suplementar do SUS, do Ministério da Saúde, que viabilizou. Quero aplaudir esse Programa, ele se viabilizou por isso, e é assim que nós temos que trabalhar, Verª Mônica, para cuidar da Saúde da nossa gente. Muito obrigado, Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra em Comunicações, por transposição de tempo com o Ver. Ervino Besson.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, nos últimos dezesseis anos, eu me impus algumas
regras; uma delas é não criticar aquela autarquia que eu dirigi duas vezes, que
é o DMAE, e as Secretarias que comandei - duas vezes a Secretaria dos
Transportes, Secretaria de Obras e Secretaria do Governo -, porque eu me achava
com algumas dificuldades, já que eu conhecia bem aqueles órgãos, eu queria
criticar. Então, todas as vezes que eu fiz aqui um pronunciamento, foi sempre
para tentar auxiliar, para tentar ajudar aquelas Secretarias ou a autarquia que
eu presidi. Na verdade, um dia eu fiz uma crítica aqui ao DMAE, porque se
colocou uma nota no jornal, matéria paga, dizendo que ele distribuía esgoto
para 70% da população. Eu achei que era uma barbaridade; aí eu tive de dizer
que o DMAE não faria isso; foram aqueles que faziam publicidade sobre o DMAE.
Agora, o Ver. Todeschini vem a esta tribuna e critica o DMAE pelo corte de água
a uma creche. Ele leu isso no jornal, mas ele deveria ler o jornal inteiro. Já
saiu no jornal, ontem, que a creche teve a água cortada, sim, porque há quatro
anos não pagava a água. Foi alertada durante seis meses de que tinha de buscar
uma solução para racionalizar, para parcelar, para fazer o que pudesse fazer,
porque é tradição do DMAE não deixar ninguém mal.
Lembro-me
do Prefeito Telmo Thompson Flores, quando o Hospital Santa Casa tinha dificuldades
imensas - hoje não as tem mais, graças a Deus! - e não podia pagar a água que
consumia. O Prefeito Telmo Thompson Flores, com a anuência da Câmara Municipal,
simplesmente mandou retirar o hidrômetro e, durante um bom tempo, a Santa Casa
pagou apenas a taxa de água de uma economia.
Então,
realmente o DMAE tem méritos, como tem méritos o seu atual Diretor, que eu
considero competente, muito sensível e que atende aos Vereadores quando o
procuram.
É
bom que fique claro: a água foi restabelecida, o parcelamento vai ser feito, e
ninguém quer tirar a água das crianças - pelo amor de Deus! Ninguém quer fazer
isso! Agora é preciso que haja regras, é preciso que haja seriedade da parte de
todos.
Eu
me preparava para falar sobre outros assuntos, mas vou falar deles
posteriormente em Comunicação de Líder.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Gostaria de comunicar à Casa um
falecimento e pedir um minuto de silêncio. Ontem faleceu, e tomo conhecimento
através do jornal O Sul, o Sr. Dawid Josef Kapel. Esse senhor recebeu o Título
de Cidadão Emérito de Porto Alegre; foi Diretor do Sport Club Internacional, na
área do basquete; também do Grêmio Esportivo Israelita; recebeu o Título em
1993. O Kapel era um estudioso do tango, era um apaixonado pelo tango; Diretor
da Fábrica de Móveis Santa Cecília, um homem conhecidíssimo aqui em Porto
Alegre. Eu pediria um minuto de silêncio em respeito ao seu falecimento.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):
O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações.
O
SR. ERVINO BESSON: Sr.
Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e também pelo Canal 16 da
TVCâmara, eu queria saudar a todos.
Primeiramente,
eu quero aqui, de uma forma muito cordial, muito carinhosa, parabenizar a
Superintendência da Receita Federal, na figura do seu Superintendente, Dr. Luiz
Jair Cardoso, pela doação, minha cara colega Verª Neuza, de mais de dezoito mil
pares de tênis e uma grande quantidade de folhas de papel. Sem dúvida nenhuma,
é um ato extremamente digno, registro aqui o reconhecimento desta Casa. A
Polícia Federal apreende milhões e milhões em mercadorias de diversos tipos;
algumas dessas mercadorias podem trazer um grande benefício, como é o caso
dessa doação de tênis, sem dúvida nenhuma. Há outras mercadorias também que eu
acho que podem ser canalizadas para nossas escolas, para que essas pessoas
façam um bom proveito, como vai ser o caso da doação desses tênis e das folhas
de papel.
Portanto,
fica aqui esse reconhecimento. Hoje, nos jornais, a imprensa deu uma ampla
divulgação a essa doação; sem dúvida nenhuma, isso vai trazer grande benefício,
como eu já disse. Espero que a Superintendência da Polícia Federal, que tem
outras mercadorias que são apreendidas, consiga, de repente, canalizar para
nossas escolas, que hoje lutam com tanta dificuldade, aliviando, sem dúvida
nenhuma, o sofrimento por falta de recursos, por falta de material; inclusive
muitas famílias não têm condições sequer de comprar um tênis. Portanto, foi um
ato muito digno.
A
Verª Neuza Canabarro, minha querida colega, sempre competente, sempre dedicada,
que deve usar esta tribuna daqui a poucos minutos, trará aqui um resumo do
programa do Governo do Lula. Nesse resumo, há doze itens de promessa de
campanha, meus queridos colegas Vereadores e Vereadoras, só que,
lamentavelmente, tristemente, desses itens - não só para nós aqui, mas para a Nação
brasileira no seu todo -, de toda essa promessa, até hoje nada foi cumprido.
Por que nada foi cumprido?
Como
nós estamos acompanhando, o País vive hoje uma situação lamentável. Ontem, tive
a oportunidade, pelo menos por um período, de escutar o depoimento do Delúbio
Soares. Isso tudo nos entristece, as colocações dele, da forma como ele
respondia as perguntas, até parecia que não estava no seu momento normal. Eu
acho que quem ouviu o seu pronunciamento, as respostas que ele deu, a forma
como respondia as perguntas, ficou extremamente preocupado com isso, ele estava
numa situação... Bom, em resumo, ele não estava num momento normal, pelo menos,
eu senti isso. As pessoas que, naquele momento, estavam assistindo ao
depoimento, meu caro colega Ver. Luiz Braz, devem também ter sentido isso, pois
ele foi preparado de uma forma que nos deixou preocupados. Mas a CPI continua e
tem que continuar mesmo, porque tudo que foi dito, tudo que está sendo dito tem
de ser apurado. Nós temos que passar este País a limpo, minha gente! Essas
denúncias têm de ser apuradas, porque o nosso País está passando por um
problema extremamente sério, e a nossa população não merece mais pagar por
isso.
Para
encerrar, meu caro Presidente, depois de ouvir e acompanhar tudo isso, lembro
que, no ano que vem, vamos ter eleições neste País. E eu não sei, passando por
esses nomes que nós temos aqui, pessoas que têm uma história política íntegra e
limpa... Confesso que vejo, pelo menos, na minha avaliação, um homem com
condições e preparo para assumir a Presidência deste País e vou dizer o
nome dele com muita convicção e com muita clareza: Alceu de Deus Collares. Acho
que, neste momento, é um homem que tem condições de concorrer à Presidência da
República deste País, ganhar as eleições e colocar este País em uma linha e de
uma forma pela qual a nossa Nação brasileira espera. Portanto, eu acho que
Alceu de Deus Collares é um homem preparado, um homem competente, que tem uma
história limpa, lisa e transparente. Fica aqui essa idéia, de repente vamos
espalhar pelo Brasil afora a idéia de colocar o nome de Alceu de Deus Collares
para concorrer à Presidência desta Nação. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra em Comunicações.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente,
Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e
senhores, eu ouvi o Ver. Ervino Besson falando sobre as CPIs, sobre essa crise
toda que foi instalada no nosso País, por meio dessa corrupção que ocorre em
determinadas áreas do Governo Federal e também num Partido político que
apregoava que era o dono exclusivo da ética e da moral em todo o País.
Eu
vejo, Sr. Presidente, aqui no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre, que nós
temos pelo menos uma missão enquanto representantes da sociedade. Ver. João
Dib, uma das instituições envolvidas na corrupção que está sendo averiguada na
CPI do Congresso Nacional é o BMG, o Banco de Minas Gerais, que patrocinou a
campanha do PT, ou pelo menos parte dessa campanha, e que ganhou, no Governo
passado, um canal de descontos para que pudesse fazer empréstimos para os
funcionários públicos municipais. Nós sabemos, Ver. Elói Guimarães, que são
muitas as instituições que procuram os órgãos públicos para que sejam abertos
canais para esses descontos, porque emprestar dinheiro para funcionário
público, com a garantia, com a certeza de que vai receber tudo de volta, com
juros pagos, é uma beleza, é um achado, é um tesouro. E o BMG encontrou esse
tesouro exatamente aqui na nossa Prefeitura Municipal na gestão passada, em uma
época, Ver. Ervino Besson, Verª Neuza Canabarro, em que ele estava patrocinando
o PT.
Eu
acho que isso cheira mal! Cheira muito mal! Alguns dos militantes petistas que
foram patrocinados pelo BMG assumiam e tinham cargos extremamente importantes
no esquema previdenciário e administrativo aqui da nossa Porto Alegre. O José
Reis era presidente do órgão previdenciário municipal, ganhou dinheiro; o
Secretário da Administração Municipal tinha muitos interesses e, de repente,
também orientou o BMG para dar essas benesses para alguns candidatos do Partido
dos Trabalhadores.
Eu
acho que fica para nós a obrigação - talvez não de uma CPI - de fazermos uma
investigação, sim, para verificarmos qual o grau de envolvimento que houve,
qual o grau de comprometimento que houve. Com uma coisa eu fico sempre
intrigado, Ver. João Dib: quanto o funcionário público descontava para ter
empréstimos do Montepio, que foi bombardeado pelo PT até ser destruído? Quanto
o funcionário público pagava pelos empréstimos do Montepio? E quanto ele está
pagando pelos empréstimos, agora, do BMG? Eu quero ver a diferença que existe,
qual foi o prejuízo, ou a lucratividade do funcionário pela aquisição desses
empréstimos. Eu acho que tudo isso é importante para nós que somos
representantes públicos, para que possamos estar conscientes das operações que
acontecem aqui em nosso território, porque somos representantes desta
sociedade.
Então,
é uma conclamação que eu faço, Sr. Presidente: esta Casa, que tem, nos seus
integrantes, os representantes da nossa sociedade, deve estar atenta, porque
isso pode estar ligado ao processo de corrupção que está sendo investigado em
todo o País, envolvendo o Partido dos Trabalhadores.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A
Verª Neuza Canabarro está com a palavra em Comunicações.
A
SRA. NEUZA CANABARRO: Sr.
Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores, nós estamos passando por um
momento extremamente difícil em que a Nação toda se volta para os
acontecimentos das CPIs na Câmara Federal. E não poderíamos ficar alienados,
Ver. Todeschini. Nós, ontem à noite, como todos os Vereadores, ficamos na
Internet procurando informações, e eu fui até o site do PT para ver o
que teria lá, qual a argumentação, o que nós teríamos de defesa. E li algo
muito importante, datado de 1º de julho de 2002, retirei ontem, ainda consta no site: “Por um
Brasil decente”, um compromisso do Presidente, do então candidato Lula da
Silva. E diz o seguinte, Ver. Luiz Braz (Lê.): “O Brasil caminha para um
importante momento histórico, dentro de pouco mais de três meses vamos escolher
o próximo Presidente da República. Neste final de semana realizamos a nossa
convenção nacional e selamos alianças políticas que nos dão enormes chances de
vencer as eleições, governar bem e mudar o Brasil (PT, PL, PCdoB, PCB e PMN).
Alianças que têm por base um programa de Governo para resgatar as dívidas
sociais fundamentais que o nosso País tem com a grande maioria do povo
brasileiro. O candidato a Vice-Presidente na minha chapa será o Senador José
Alencar, do PL de Minas Gerais, homem íntegro, empresário bem-sucedido, que
veio de baixo, como eu, defensor da indústria nacional e das mudanças que nós
vamos fazer no Brasil. Vamos ganhar para enfrentar e resolver problemas
seculares do nosso povo. Vamos acabar com a fome de cerca de
cinqüenta milhões de pessoas. E isso não é pouco nem fácil de fazer. Mas nós
temos um compromisso de vida com esse objetivo. O Brasil precisa resgatar a
dívida social que tem com a comunidade deste País. Precisa resgatar a dívida
social que tem com quase quinze milhões de portadores de deficiência; com a
grande maioria das nossas crianças e adolescentes que estão sem futuro; com os
aposentados, homens e mulheres que trabalharam 35, 40 ou 50 anos, que estão
esquecidos. Vamos ganhar as eleições para resgatar a dívida com os
trabalhadores sem terra, para fazer uma verdadeira reforma agrária, negociada e
pacífica em nosso País. Para defender a multifuncionalidade da agricultura familiar,
que é capaz de simultaneamente gerar mais empregos, produzir alimentos de
qualidade, preservar o meio ambiente e fixar o homem em sua terra natal. Nós
vamos fazer uma campanha para ganhar as eleições. Quando digo que quero um
Brasil decente é porque a palavra decente resume tudo em que acredito, tudo de
que o nosso País precisa e tudo que o nosso povo mais espera: um emprego
decente, um salário decente, uma casa decente para que possa criar seus filhos
de forma decente e viver em paz uma vida decente. Um Brasil decente é um Brasil
democrático, com participação social cada vez maior. Querer um Brasil decente
significa construir um Brasil de que a gente se orgulhe cada vez mais, um
Brasil soberano, respeitado internacionalmente, que defenda os interesses do
nosso povo, como muitos outros países defendem seus próprios interesses. Um
Brasil onde todos os cidadãos, homens e mulheres, possam sonhar, crescer e
melhorar de vida. Querer um Brasil decente significa querer um Brasil onde a
corrupção seja combatida de verdade e onde as denúncias sejam apuradas de forma
rigorosa, séria e isenta. Onde os culpados sejam punidos de forma exemplar,
pouco importando se estão perto ou longe do Governo. Significa um Brasil que
não condena inocentes nem deixa os culpados impunes.
Vou terminar dizendo que, se eleito, após escolher
os meus Ministros, vou levá-los para conhecer o Vale do Jequitinhonha, em Minas
Gerais... “
Este, desses compromissos todos, foi o único a que
ele atendeu. Vou terminar ainda citando o livro do Duda Mendonça, numa matéria
feita na campanha eleitoral de televisão do Presidente Lula, em que aparecem os
ratos comendo a bandeira do
Brasil. E o Duda diz o seguinte: “... Quando comecei a criar para o PT a
campanha contra a corrupção, eu já estava decidido a dar um choque. Uma porrada
mesmo... Dezenas de ratos roendo vorazmente a nossa bandeira, arrastando-a para
o buraco. Nenhuma palavra, nenhum texto, nenhuma explicação. No final, apenas
uma frase: ‘Ou a gente acaba com eles, ou eles acabam com o Brasil.’ E a
assinatura: ‘Xô, corrupção - uma campanha do PT e do povo brasileiro.’
Apresentei ao Lula, Mercadante, Zé Dirceu, Genoíno, Oséas e João Paulo. A
decisão foi: ‘Vamos colocar no ar’.”
Agora
eu digo: traidores. Assim, Lula e a cúpula do PT autorizaram Duda Mendonça a
enganar o povo brasileiro, comprometendo-se a acabar com a corrupção. Assim,
Lula e a cúpula do PT mostraram ao provo brasileiro o seu próprio auto-retrato:
ratos... corruptos...
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra em
Comunicações.
O SR. RAUL CARRION: Exmo. Ver. Elói Guimarães, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, todos que nos assistem aqui na Casa e
também através da TV Câmara, em primeiro lugar, gostaríamos de lamentar a demissão,
prevista para as próximas horas, do Ministro Olívio Dutra, ex-Governador do
Estado, que vinha realizando um trabalho extremamente sério no Ministério das
Cidades, o qual nós tivemos a oportunidade de acompanhar como membro do
Conselho das Cidades. Isso acontece inclusive às vésperas da 2ª Conferência
Nacional das Cidades, que está em desdobramento em todo o Brasil. Lamentamos o
verdadeiro desmonte que o Ministério das Cidades, a partir da demissão do
ex-Governador Olívio Dutra, deve sofrer. Sabemos de centenas de pessoas que
vinham desempenhando um trabalho extremamente importante à frente do Ministério
e que, desconformes, deverão entregar os cargos. E lamentamos também que esse
Ministério esteja sendo entregue ao setor mais fisiológico da Câmara Federal,
por indicação do seu Presidente, Severino Cavalcanti, do PP. Não nos parece que
isso contribua para que o Governo Lula avance no
enfrentamento da crise por que hoje, infelizmente, o País passa.
Queremos também
registrar o retorno do nosso Deputado Federal Aldo Rebelo, que foi Ministro da
Articulação Política para a Câmara Federal, depois de um trabalho reconhecido
por todas as Bancadas do Congresso Nacional pela sua retidão, amplitude,
competência. Uma nota do meu Partido deixou claro que essa função nunca foi um
pleito do PCdoB; foi uma indicação e um pedido do Presidente Lula para que
déssemos um dos melhores quadros do PCdoB para auxiliar o Governo, e lá
cumpriu, muitas vezes até, uma série de tarefas contra opiniões do nosso
Partido, mas que, como representante do Governo, tinha de cumprir no
Ministério. Nós parabenizamos o nosso Deputado Federal Aldo Rebelo, que
cumpriu, com grande honra e lealdade, as suas funções no Governo Federal.
Queremos, em terceiro
lugar, chamar atenção a um fato para o qual amplos setores têm feito uma
cortina de silêncio, mas que é extremamente significativo, Ver. Bernardino: da
hipocrisia das nossas elites. A Polícia Federal, em apoio a uma solicitação da
Receita Federal e do Ministério Público, fez a chamada Operação Narciso, contra
as Lojas Daslu, loja das socialites, loja das elites deste Brasil,
cumprindo ordens em relação às denúncias de ampla sonegação fiscal, formação de
quadrilha e falsificação de documentos. Essa loja, que em poucos anos se
transformou numa potência econômica, falsificava documentos de importação,
chegando ao ponto, Ver. Adeli Sell, de colocar em vestidos importados que
oficialmente custavam 25 reais, Ver. Elói Guimarães, um valor acima de cinco
mil reais, mostrando um subfaturamento nas importações, e não houve
a venda pelo preço real. Isso já havia sido detectado no começo do ano, no
Aeroporto, com uma investigação que prosseguiu inclusive com essas pessoas da
loja.
Pois bem, como reagiram a Fiesp, o Senador ACM, do
PFL; o Sr. Jorge Bornhausen, Presidente do PFL; o Sr. Abílio Diniz, do Grupo
Pão de Açúcar? Tiveram reações iradas contra o cumprimento da lei. Se alguém
rouba uma galinha por extrema necessidade, Ver. Bernardino, é algemado, preso.
Se forem pessoas do povo, estes serão presos; mas, quando pessoas da alta
sociedade são pegas com a “mão na massa”, aí é um ataque ao Governo! Está
havendo uma transgressão da lei, quando do cumprimento de uma ordem judicial,
pois essas pessoas foram investigadas e detidas. É importante registrar que
muitos falam - as elites -, Ver. Dib, no combate à corrupção. Mas,
evidentemente, a sua história é de sistemática corrupção e roubo ao Erário
deste País e de desvio de recursos públicos.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Vereador, o
tempo de V. Exª está encerrado. O Ver. Raul Carrion continua com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. RAUL CARRION: Queríamos
também, Verª Neuza Canabarro, parabenizar a Petrobras, que estava para ser
privatizada durante o “reino do tucanato” e que subiu 19 posições no ranking
das maiores empresas do mundo, tornando-se a 125ª empresa, superando gigantes
como a Microsoft, a Coca-Cola e tantas outras.
Aproveito o ensejo, Verª Neuza Canabarro, para
contestar a colocação de V. Exª no sentido de que o Governo Lula não vem cumprindo
absolutamente seus compromissos. Quero lembrá-la, Verª Neuza Canabarro, de que,
quando o Governo Lula assumiu, o País estava concluindo a sua privatização,
sendo que uma das próximas seria a Petrobras, que está hoje demonstrando
recordes, conseguindo a auto-suficiência. Depois o Banco do Brasil, a Caixa
Econômica Federal e os Correios. O Governo Lula comprometeu-se em suspender as
privatizações, e as privatizações pararam. O Brasil, Verª Neuza Canabarro,
marchava para se tornar, juntamente com a América Latina, uma colônia dos
Estados Unidos por intermédio da incorporação à ALCA. O dia 1º de janeiro de
2005 era a data fatídica para que o Brasil ingressasse na ALCA, Ver.
Todeschini. E o Governo Lula, junto com o Movimento Popular, bloqueou a ALCA.
Vossa Excelência esqueceu detalhes que nem esse das privatizações, detalhe que
nem esse da questão da ALCA.
Mas vamos além. O Ver. Pedro Américo Leal, seu pai,
Verª Mônica Leal, Major-Coronel, juntamente comigo, defendeu a Moção de
protesto - e nós a aprovamos nesta Casa - contra a entrega da Base de
Alcântara, que ia ser transformada em território norte-americano, onde o
brasileiro não entraria sem a autorização norte-americana, a ponto de, nos
debates do Congresso, alguém perguntar: “E se for o Presidente da República?
Poderá entrar na Base de Alcântara, entre aos americanos?” A conclusão é de que
não entraria. Pois bem, uma das primeiras medidas do Governo Lula foi desfazer
esse acordo.
O Governo FHC pretendia também que o art. 618 da
CLT fosse modificado, autorizando que um mero acordo entre um sindicato
trabalhista e a patronal desconstituísse os direitos garantidos na CLT. A
primeira medida do Governo Lula foi a retirada desse Projeto.
O Brasil passou a ter novamente uma política
industrial, passou a ter uma política de ciência e tecnologia, passou - Verª
Neuza, que talvez não tenha estudado essa realidade - a enfrentar a articulação
no mundo, com a China, com a Índia, com a Rússia, com o Oriente Médio. Retomou
o Mercosul, criou a Comunidade das Nações Sul-Americanas e, com isso, já no
segundo ano do Governo Lula, apesar da destruição econômica que o “tucanato”
fez ao nosso País, o Brasil passou a ter um crescimento na ordem de 5%. Passou
a ter, Verª Mônica, nos últimos anos, um superávit que, no primeiro ano do
Governo Lula, na Balança externa, foi de mais de 20 bilhões de dólares; no
segundo ano, 29 bilhões de dólares; neste ano, deve chegar na ordem de 35
bilhões de dólares. Mas isso não é nada. É pouco, muito ainda deve ser feito,
mas, perto da destruição que as elites dominantes durante o período do
neoliberalismo neste País fizeram, foi um avanço enorme.
Nós, do PCdoB, queremos que o nosso Governo avance
muito mais, diminua a taxa de juros, que hoje está em 19,5%, mas, quando o
Tucano saiu, era de 26%! Queremos que o superávit diminua para que haja mais
investimentos em infra-estrutura, para que o País se desenvolva em um ritmo
permanente. Mas antes não desenvolvia, Verª Neuza Canabarro; hoje é de 5%, este
ano foi de 3,5% a 4,5%, aquém do que o necessário, mas um avanço enorme em
relação ao período anterior. Queremos também uma diminuição do nível
tributário; no início da experiência neoliberal de Collor, os tributos no
Brasil eram 25%, Verª Neuza Canabarro. E, quando saiu o neoliberal-mor,
Fernando Henrique, já eram 35%! O Governo Lula ainda não conseguiu diminuir,
mas estabilizou o nível tributário deste País.
Concluo dizendo que muito ainda tem de ser feito,
e, certamente, a tentativa de desestabilizar o Governo a partir de erros de
pessoas que participam do Governo Lula tem a ver com essas mudanças que o País
trilha e que irá trilhar ainda mais. Porque, se o Governo Lula estivesse
servindo às elites, como dizem alguns, não haveria toda essa tentativa de
desestabilizá-lo. É porque o Governo Lula iniciou, recém, as mudanças. E muito
mais terá de ser feito, porque as elites se levantam para tentar
desestabilizá-lo. Mas o povo brasileiro dará a resposta. Aliás, apesar dos
equívocos de pessoas que devem ser punidas - e ninguém como o PCdoB exige tanto
a punição dos corruptos -, o povo brasileiro reconhece as mudanças do Governo
Lula, e as pesquisas mostram que o Lula seria reeleito hoje e que o povo quer
as mudanças no País! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Neuza
Canabarro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. NEUZA CANABARRO: Sr.
Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores, Vereadoras Mônica Leal,
Clênia Maranhão, nós voltamos a esta tribuna para esclarecer aos nossos
telespectadores que as colocações do Ver. Raul Carrion são equivocadas, ele se
referiu, a todo momento, ao que disse esta Vereadora. Esta
Vereadora não esqueceu; esta Vereadora acessou ontem o site do PT e
pinçou o compromisso, que continua lá. Quem esqueceu de retirar do site
esse engodo, que é o compromisso do Governo Lula, foi o PT. No livro do Duda
Mendonça está a bandeira sendo roída pelos ratos e a campanha do PT pela
Presidência da República. (Exibe documento.)
Ver. Raul Carrion,
nós temos uma forma de pensar completamente diferente. Eu sou uma mulher
gaúcha, lá da Fronteira, de Livramento, onde nós enfrentamos, com muita
coragem, com muita garra e com muito brio, o que nos está sendo imposto. E
vou-lhe dizer mais: nós não somos de ficar saindo do mérito da questão. Aqui,
Ver. Carrion, o que está sendo feito é o julgamento da roubalheira ocorrida
dentro do Governo. Querer justificar o que está acontecendo dizendo que os
outros também roubaram é um escárnio perante a opinião pública. O caixa-dois
existe; então que se denuncie. Agora, o fato de os outros terem roubado dá
direito ao Partido dos Trabalhadores de também roubar?! Partido esse que era
detentor da ética e da moral!
O PT, quando nós
estivemos no Governo, moveu uma Ação Popular contra esta Vereadora, na época
Secretária da Educação, em função da reforma de um banheiro no valor de seis
mil reais no Palácio Piratini com licitação, com recursos do Governo do
Estado?! E eu não venho aqui trazer isso. O que eu quero lhe dizer é que nós
estamos discutindo as denúncias, a existência do “mensalão”, de compra de
Deputados. Se quiséssemos discutir, nós diríamos, Ver. Carrion, que as
pesquisas que apontam o Lula como sendo o preferido, que o apontam como tendo
respaldo popular, foram feitas pelas empresas do Marcos Valério.
Eu queria lhe dizer
que a Base de Alcântara estava sendo administrada pelos Estados Unidos e, no
Governo Lula, passou para os russos. Então, não vamos entrar nesse assunto. O
mérito da questão, neste momento, é o que as CPIs estão enfocando, e o PT terá
de responder por isso. Pagava Deputados! Comprava votos! E o esquema montado é
muito pior do que o esquema do Collor. Vejam bem, o Marcos Valério fazia
empréstimos em bancos - isso é lavagem de dinheiro - e os passava para alguns
beneficiados. E o que ele apresenta? Ele apresenta nada mais, nada menos do que os seus compromissos, os seus
contratos com os Correios, os seus contratos com o Governo. Isso não é nada
mais do que a propina que ele está dando para o Partido dos Trabalhadores, e é
isso que o PT vai ter que provar.
E
não digam que há blindagem para o Presidente Lula, porque, se me disserem que o
Presidente Lula não sabe nada, ele é um alienado, incompetente, e eu tenho
razão de nunca ter votado nele, porque partia do seguinte: para um caixa de supermercado,
é necessário o ensino médio; eu não voto num Presidente da República que vai
chegar lá e não vai saber o que fazer. É o que ocorreu; está lá alienado, não
sabe de nada, mas o seu filho tem uma empresa financiada pelo Banco do Brasil
com cinco milhões de reais, o que qualquer um de nós conseguiria do Banco do
Brasil. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
(O
Ver. Luiz Braz assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra em Comunicações.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste, eu retomo o assunto do
ITBI. Eu preciso aproveitar todos os espaços que me são permitidos para
divulgar a importância do nosso Projeto do ITBI. Tenho sido procurado
principalmente por aquelas pessoas que compraram imóveis financiados pelo
Sistema Financeiro da Habitação e que não fizeram a sua transferência, porque,
na transferência da titularidade, o agente financeiro atualiza a prestação. Isso
vem de muitos e muitos anos. Então, as pessoas, na sua grande maioria, quando
compram um imóvel já financiado, não fazem a transferência, porque, se
pretenderem fazer essa transferência, terão que apresentar o cadastro, fazer
algo como se fosse um refinanciamento, uma atualização das prestações. Por
isso, as pessoas acabam não fazendo essa transferência, deixando o imóvel com o
nome do antigo proprietário e seguindo o seu pagamento. No final do contrato,
aí, sim, há necessidade da transferência, da escrituração.
E,
senhores e senhoras, há a exigência do pagamento do ITBI à vista, que, na
verdade, não será pelo valor que ela pagou, pelo valor que ela negociou, e sim
pelo valor avaliado pela Prefeitura. Eu volto a registrar aqui: na sua quase
totalidade, essa avaliação é feita por um valor bem superior ao da compra. Daí
a importância do parcelamento do ITBI, e este Vereador se preocupou em deixar
que a transferência, a autorização para a feitura da escritura pública aconteça
lá na última parcela do pagamento do ITBI, para dar garantia à Fazenda Pública,
para que o Prefeito e o Secretário da Fazenda fiquem tranqüilos. O nosso
Projeto prevê essa condição e também o parcelamento em até doze vezes, com
regramento por Decreto do próprio Prefeito. Então, feito novamente esse apelo,
esperamos ver esse Projeto no início do mês de agosto aprovado.
Aqui
na Casa, eu faço parte da Comissão de Defesa do Consumidor, Comissão presidida
pelo nosso querido Ver. Ervino Besson. Vou fazer aqui, de público, uma
denúncia, porque isto está acontecendo comigo. Na minha vida privada,
particular e profissional, mantenho um contrato empresarial de telefone celular
com a empresa Vivo. Eu estava usado mais esse telefone, porque as pessoas me
conhecem, têm esse número; eu não tenho usado o telefone aqui da Casa, pois
tenho telefone celular que me é de direito, inclusive todos nós aqui usamos
telefone celular. Aqui está o aparelho. O meu telefone particular, do contrato
empresarial que mantenho com a Vivo, estragou. E o que aconteceu? Faz 48 horas
que estou pedindo pelo amor de Deus que eles instalem um Siga-me do meu
aparelho estragado para esse aparelho, porque não tenho condições de fazer o
procedimento para instalar o Siga-me, já que o aparelho não está funcionando.
Como o aparelho está estragado, eu não consigo. Já liguei mais de vinte vezes,
e eles não fizeram até agora.
E
mais grave ainda: eles não têm um aparelho para me fornecer! A empresa Vivo não
tem um aparelho. Disseram-me que pode demorar de quinze a vinte dias! E os
senhores sabem com quem eu falo? Com o 0800 e com um sujeito que dizem que é o
responsável pelo meu contrato perante a Vivo, mas eu não sei qual é a
responsabilidade dele.
O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Quero-me somar a sua denúncia, porque tive também o meu telefone
particular clonado em dezembro. Já que não resolveram o problema, eu paguei as
contas que não tinha de pagar e pedi o desligamento, a ruptura do contrato, há
mais de 30 dias, mas até hoje o meu telefone continua funcionando. Ou seja,
quando quero ligar, eu não consigo porque está clonado, mas ainda recebo
naquele telefone. Eu já anunciei para todo o mundo a mudança do meu telefone.
É
um escândalo. Nós temos que abrir uma Comissão, ou tratar diretamente nesta
Comissão o caso dessa empresa. Como disse uma pessoa que me escreveu um e-mail,
o nome não é Vivo, é “Morto”.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Eu quero então reafirmar esse pedido,
tenho certeza de que o Presidente da nossa Comissão é sensível a esta questão e
vai trazer esse assunto para que possamos discutir, e não é porque este
Vereador está sendo lesado; eu estou sendo lesado, eu estou tendo um prejuízo,
mas, se acontece comigo, como disse o próprio Ver. Adeli, isso está acontecendo
com toda a população, e nós precisamos fazer com que essa empresa respeite os
clientes. Agora, confirma-me aqui o Ver. Todeschini, ele também tem problemas
semelhantes.
Então,
caro Presidente, isso é um problema muito sério, porque hoje não se consegue
mais falar com as pessoas responsáveis; nós falamos através de um telefone
0800, e é muito complicado. Obrigado, senhores.
(Não
revisado pelo orador.)
(O
Ver. Elói Guimarães reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Antes de passar a palavra ao próximo
orador, nós queremos registrar a visita à Casa do Dr. Luiz Alcides Capoani, bem
como a do engenheiro Ibá Ilha Moreira, filho do General Ibá Ilha Moreira, que
vêm à Casa convidar os Vereadores e as Vereadoras para a posse na presidência
do IPEA - Instituto de Perícias e Engenharia e Avaliações do Rio Grande do Sul
-, gestão 2005/2006. A solenidade comemorativa da posse da Diretoria será no
dia 1º de agosto de 2005, às 20h, na sede social do Grêmio Náutico União, sede
Alto Petrópolis, Av. João Obino nº 300, Porto Alegre. Receba o Dr. Luiz e o Dr.
Ibá as nossas homenagens e saudações.
O
Ver. Luiz Braz está com a palavra para Comunicações de Líder.
O
SR. LUIZ BRAZ: Sr.
Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
durante muito tempo o PT e seus aliados se construíram e se fortaleceram em
cima de sofismas, de mentiras, de engodos, levando a população brasileira a
pensar que apenas uma camada da população, a que se concentrava dentro do PT,
tinha o patrimônio da honestidade, da decência. Quando eu ouço essas mentiras,
esses engodos, eu não consigo me calar, Ver. João Dib, eu tenho que vir a esta
tribuna para responder.
Eu ouvi do Ver. Raul Carrion que, em uma determinada unidade militar, antigamente só podiam entrar americanos e que agora ela está completamente livre, porque o PT assumiu. Eu gostaria que qualquer brasileiro fizesse o teste e visse se consegue entrar lá. Mais do que isso, há bem pouco tempo - e a minha memória é muito viva -, em um acidente que não foi explicado, uma explosão, todos os técnicos daquela unidade morreram, todos eles! Um acidente que foi muito pouco divulgado. E sabe quem estava nos postos-chaves, Ver. João Dib, lá em Alcântara? Os russos. Tiraram os americanos. Agora devem estar lá venezuelanos, cubanos, devem estar todos aqueles que são aliados do Governo Lula.
Eu sou partidário de que o Brasil deva ser dos brasileiros, eu não sou partidário de que os americanos devam tomar conta de Alcântara, ou tomar conta da Amazônia, ou ficar em qualquer setor da sociedade brasileira como grandes lideranças - eles são bons visitantes, bons investidores, mas nada mais do que isso. Agora, eu também não sou favorável a que os russos, os venezuelanos, os cubanos possam entrar aqui e ser os grandes líderes da nossa sociedade. Há bem pouco, Ver. João Dib, houve uma grande luta liderada por Vereadores, Deputados, por Senadores, ligados aos Partidos de esquerda, que queriam que os médicos que se formavam em Cuba - e que não são de boa qualidade - pudessem vir para o Brasil, mas sem fazer nenhum tipo de prova, simplesmente para assumir aqui as suas funções. Sabiam disso? Os brasileiros têm que fazer! Todos os outros povos têm que fazer, mas eles queriam que os cubanos viessem para cá e assumissem! E eu quero que alguém me prove que algum médico formado em Cuba é superior aos médicos formados aqui no Brasil! Eu quero que alguém me prove isso! Nenhum médico formado em Cuba é superior ou recebe os ensinamentos que os médicos formados no Brasil recebem. É verdade!
E, se vocês estão tão contentes com Cuba, vão para lá! Vão para lá, mas não tragam os cubanos para cá para tomarem conta do Brasil! Não tragam os russos para tomarem conta de Alcântara, dizendo que agora Alcântara é livre! Não matem os nossos técnicos, simplesmente para tomarem conta de Alcântara. Sabem quantos técnicos foram mortos lá, gente de alta qualidade? Quatorze técnicos foram mortos em Alcântara, de alta qualidade, além de outros funcionários que foram mortos nas explosões provocadas em Alcântara, que até agora não foram explicadas. Até agora não foram explicadas!
E as mentiras que foram contadas para que esses Partidos pudessem se tornar fortes?
E quero aqui fazer um desafio mais uma vez, porque me agrada fazer este desafio: qual é a sociedade comandada pelos comunistas em que alguém tem direito à voz, em que alguém tem direito à liberdade? E como é que os comunistas vêm no nosso País dizer que aqui os brasileiros não podem mandar, eles é que são os divinos aqui?
Eles têm direito a tudo aqui, só que lá onde eles mandam ninguém tem direito a nada! Só que não vai ser com o meu silêncio que vai acontecer isso! Não vai ser com o meu silêncio, de forma nenhuma, porque, afinal de contas, mais uma vez, Ver. João Dib, eu vou voltar a declarar: eu sou extremamente brasileiro; o Brasil é dos brasileiros, e eu vou sempre lutar para isso. Os que acham que o Brasil é dos cubanos, por favor, vão para Cuba; os que acham que o Brasil é dos russos, por favor, vão para a Rússia; os que acham que o Brasil é dos americanos, que vão para os Estados Unidos. O Brasil é dos brasileiros, para isso que eu vou lutar! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra em Comunicações.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, é muito difícil
nós conseguirmos, como representantes de um Parlamento local, de uma Câmara de
Vereadores, acompanhar o conjunto dos fatos políticos que interferem na nossa
Cidade, fatos políticos externos ao nosso Município, porque o cotidiano de um
Parlamento Municipal é extremamente absorvido pelas demandas da sua população.
Eu sempre digo que o Vereador é o político mais próximo do povo, e, como
políticos que vivenciam o cotidiano de uma Cidade, normalmente o nosso
dia-a-dia é voltado ao atendimento das demandas da população que chega nos
nossos gabinetes, que freqüenta as comissões técnicas de trabalho, que demandam
a nossa presença nas comunidades, nas atividades, nas construções coletivas das
instituições públicas, das ONGs.
No
caso de Porto Alegre, uma Cidade com enorme pujança, com enorme efervescência
de atividades, tudo isso faz com que a nossa militância, a nossa ação política,
a nossa ação parlamentar seja muito tomada e enriquecida pelo conjunto das
instituições, quer sejam sindicais, comunitárias, ambientais, culturais,
femininas, que trazem o seu aporte e a sua contribuição, as suas sugestões e as
suas reivindicações. Porém um Município como Porto Alegre, em um momento
histórico como o que nós vivemos, nessa etapa do processo histórico, onde as
comunicações são instantâneas, são imediatas, tudo isso nos reporta a uma
necessidade de compreender o quadro político, de acompanhar os desdobramentos
das políticas culturais, econômicas, sociais em nível do Estado e em nível nacional.
Evidentemente,
o estado de calamidade que está vivendo o Brasil, do ponto de vista da ética,
as sucessivas e gravíssimas denúncias éticas... Inclusive nós entramos no
plenário para trabalhar e, quando saímos, algumas horas depois, já estamos
desatualizadas e desatualizados, tendo em vista o volume de denúncias que se
acumulam nas diversas CPIs já criadas ou em processo de criação no Congresso.
Elas nos demonstram, infelizmente, uma enorme rede de corrupção que não apenas
ocupou os principais Ministérios e os principais personagens públicos do
Governo Federal - e infelizmente também uma parcela do Congresso brasileiro -,
mas também espaços empresariais de várias regiões do País. Acho que tudo isso
tem voltado as nossas atenções para a cobrança de um novo Estado de moralidade
pública, e essa realidade tem, inclusive, feito com que nós não tenhamos o
tempo necessário para avaliar o cenário político internacional e as causas das
suas enormes tensões políticas, cenário esse aguçado, fundamentalmente, nesses
últimos três anos, por uma guerra no Oriente Médio, pela intervenção num país
que produzia petróleo, e as suas crianças e os civis são vítimas desses
processos de ocupação.
Hoje,
pela manhã, nós tivemos novos fatos impressionantemente tristes na cidade de
Londres. Há poucos minutos, novos trens foram vitimados por bombas caseiras, e
eu penso que essa é a demonstração da permanência de uma triste forma de
resistência, indefensável, mas que se coloca hoje, infelizmente, em vários
países do mundo.
Eu
não tenho tempo de prosseguir nessa análise; por isso, Sr. Presidente, peço
tempo de Liderança para poder dispor de mais cinco minutos.
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Obrigada,
Sr. Presidente.
Então,
esta crise brasileira precisa evidentemente ser enfrentada, apurada, sem
nenhuma tergiversação, sem “panos quentes”, sem nenhuma complacência, para que
possamos dar um salto de qualidade ética e de desenvolvimento neste País.
Acho
muito importante também que, neste mês, pudéssemos dedicar alguns minutos do
nosso debate a analisar que tipo de sociedade é esta, pois, apesar do seu
enorme desenvolvimento científico, tecnológico, não tem sido capaz de preservar
os valores mais originais, mais nativos, mais inerentes à condição humana, que
são o respeito às diversidades, às diferenças. Que tipo de sociedade é esta? O
que contribui para fazer desta sociedade uma sociedade que elege Governos que
colocam os interesses das empresas petrolíferas e a defesa dos interesses
monetários acima dos interesses da soberania dos povos?
Eu
acho que esse tipo de sociedade infelizmente vigente no século XXI, fortalecida
pelo fim da polarização política das grandes potências, tem não apenas colocado
em risco países que são ocupados, invadidos, massacrados, mas, no processo de
globalização, também coloca em risco o conjunto do planeta, não apenas com
relação ao risco dos mísseis, das investidas bélicas, dos massacres, das
bombas, mas porque desconstitui um processo de debate político da sociedade,
pelo menos nos segmentos da sociedade que procuram avançar no processo
civilizatório, na parcela da sociedade que ocupa o seu tempo na construção de
uma luta pela paz, pelo respeito, pela preservação de valores positivos.
E
talvez exatamente porque, nessa etapa da história, isso tudo tenha sido
relegado a segundo plano tem havido o surgimento de justificativas falsas para
ações abomináveis. E o mais grave é que nós prosseguimos convivendo com a miséria,
com o abandono, com a prisão ilegal de Guantánamo, com os bombardeios a
populações civis, com o estupro em massa de mulheres de cidades invadidas...
Tudo isso faz com que pareça que a corrupção seja uma coisa menor, parece que
isso faz com que o respeito ao outro seja uma coisa do passado.
Então,
eu acho que, neste mês de julho, quando o espaço de debate se coloca com mais
possibilidade neste Parlamento, não é demais reafirmar que essa nova sociedade
civilizatória, respeitosa, constrói-se na luta política dos grandes países, na
mudança dos sistemas políticos baseados nos financiamentos dos armamentistas;
coloca-se na construção de uma grande rede global que possa edificar, na base
da solidariedade, do respeito, da ética, da luta contra a desigualdade, o
objeto da sua ação, a sua missão. Penso que esse é um debate que não aparece
concretamente, que é subjetivo, mas que é inalienável, intransferível e
imprescindível.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Sr. João Antonio Dib está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu pergunto se alguém
neste plenário não tem telefone celular e telefone fixo. Posso perguntar para
todos os servidores da Casa se eles não têm telefone celular, se não têm
telefone fixo. E eu tenho certeza que cem por cento dirão que têm. Agora, se eu
fizesse essa pergunta há alguns anos, a grande maioria diria que gostaria de
ter. Mas eu não compreendo, às vezes, os pronunciamentos que são feitos nesta
tribuna. E presto atenção a eles.
Eu já disse que o
Regimento Interno foi feito pelos Vereadores, e o art. 100 diz que o Prefeito
pode mandar, a qualquer momento, Mensagens Retificativas. Mas eu sou daqueles
que cobra, então quero dizer à Administração atual que, na forma do art. 119, o
Poder Executivo publicará até 28 dias após o encerramento de cada mês as Contas
dos balancetes; e a Prefeitura está fazendo isso, e muito bem. No dia 1º de
agosto, eu me proponho aqui a analisar o comportamento do Orçamento da
Prefeitura nos seis primeiros meses, que vai muito bem, não fora aquela Receita
de capital que, sempre nos dezesseis anos que estiveram na Prefeitura, faziam
colocar para que fosse possível ter um equilíbrio no Orçamento. Nunca se
realizou a Receita de capital, e não vai ser por milagre agora.
Mas eu também quero
dizer ao Poder Executivo que ele deve encaminhar à Câmara bimestralmente
demonstrativo do fluxo de caixa de ordem da Administração Centralizada e da
Administração autárquica. E quero também dizer - e isso não foi feito nenhuma
vez agora, e a Administração passada raras vezes fez - que o art. 125 da Lei
Orgânica diz que os Poderes Executivo e Legislativo são obrigados a publicar
bimestralmente as despesas com publicidade e propaganda pagas, a relação de
agências contratadas e os veículos de comunicação social utilizados. Também
deve incluir nessa obrigação as despesas do Poder Executivo e da Câmara com jornais próprios, boletins e
outras formas de publicidade e propaganda impressa, eletrônica, cinematográfica
e audiovisual, produzidas e executadas por terceiros para órgãos da
Administração direta e indireta. Não se pode fazer publicidade de Porto Alegre
fora de Porto Alegre, na maior parte das vezes. Na Administração passada,
eventualmente a rádio de Guaíba fazia propaganda da Prefeitura de Porto Alegre;
não é a Rádio Guaíba, é a rádio de Guaíba.
Portanto,
Sr. Presidente, eu sou isento, eu quero as coisas certas, porque no mundo
somente há dois caminhos: o certo e o errado. Vamos trilhar sempre o caminho
certo, e todos vão viver muito bem. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr.
Presidente desta Casa, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, eu venho a esta tribuna falar em Liderança, porque fiz uma denúncia
há alguns minutos a respeito das dificuldades que venho enfrentando com o meu
telefone celular. Posteriormente, veio à tribuna o Ver. João Antonio Dib, e eu
não entendi direito, ele fez um comparativo de que até há alguns anos nós não
tínhamos celulares e de que a maioria da população não tinha telefone fixo. Eu
tenho a maior admiração por V. Exª, Ver. João Dib, que tem sido um grande
professor para este Vereador, que é novo na Casa, ainda que, de vez em quando,
não concorde com certos posicionamentos de V. Exª, mas isso é normal.
Na
nossa infância, Ver. João Antonio Dib - e eu sou mais novo que V. Exª, mas não
tanto - , nós usávamos conga, “guides”; acho que V. Exª se lembra disso. Na
nossa infância, o transporte de Porto Alegre não era com os ônibus confortáveis
que nós temos hoje. Eu também acho que o progresso veio, Ver. João Antonio Dib,
e nos favoreceu, só que isso não nos tira o direito de reclamar. Nós não
podemos permitir que essas empresas nos explorem.
(Manifestação
do Ver. João Antonio Dib.)
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCULO: Então,
V. Exª está concordando comigo. Eu lhe agradeço, porque, da forma como foi
colocado aqui, parece que eu deveria me calar perante uma irregularidade,
porque, até então, nós não tínhamos todos os confortos que temos hoje. E V. Exª
agora concorda comigo, então eu lhe peço vênia, porque V. Exª não complementou
o seu discurso nesse sentido. Não é porque nós, hoje, temos condições de ter
telefone e todos os funcionários desta Casa têm telefones... Que bom! Os
camelôs têm telefones. Os índios que aqui estiveram reivindicando um local para
morar, os índios que estão lá no Morro do Osso também têm telefones. Mas não é
por isso que nós devemos abrir mão do nosso direito de reclamar. E os serviços,
nesse sentido, estão sendo péssimos. Eu mesmo estou sendo prejudicado. E, mesmo
usando, num segundo momento, a condição de Vereador, implorando para que
fizessem um procedimento de Siga-me, para que as ligações que viessem a cair no
telefone que está estragado pudessem ser recebidas no telefone desta Casa, eu
até agora não consegui. Mas como nós não podemos reclamar? Então, eu venho
reafirmar isso e fico contente que o Ver. João Antonio Dib esteja apoiando
nesse sentido.
O
Sr. João Antonio Dib: A
privatização permitiu.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Exatamente,
a privatização permitiu. Eu até concordo que houvesse essa distribuição de
telefones para todos os cidadãos. Agora, a privatização não permite que essas
empresas privatizadas abusem, Ver. João Antonio Dib, dos nossos direitos de
cidadãos.
E
eu espero que o Vereador que preside a Comissão da qual eu faço parte, que é a
Comissão de Defesa do Consumidor, aceite a nossa sugestão aqui, para que
possamos trabalhar nesse sentido e dar uma cobertura à sociedade, porque,
quando vim a esta tribuna, mais dois Vereadores citaram exemplos práticos das
dificuldades que enfrentaram e que vêm enfrentando com essa empresa. Mas aonde
nós andamos? E eu quero dizer que ouvi reclamações, depois que desci da
tribuna, não apenas da empresa Vivo, mas das demais empresas também. Nós,
cidadãos, temos hoje dificuldades de reclamar quando precisamos de
desligamento, de religação ou de transferência de linhas telefônicas. Então, se
temos nesta Casa uma Comissão que trata dos direitos do consumidor, nada mais
justo e quase obrigatório que esta Comissão se posicione - e eu tenho a certeza
de que o nosso Presidente Ver. Ervino Besson vai estar à frente deste trabalho
-, para que possamos combater, mostrar a essas empresas que elas têm
responsabilidade com a sociedade. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Todeschini está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, assistência do Canal 16 e público presente, aqui
tenho uma notícia do Setor de Comunicação Social da Prefeitura, de 15 de abril,
que diz o seguinte: “O Projeto Mutirão, da SMS, foi aprovado pelo Ministério da
Saúde, sexta-feira, dia 8, destinando 4 milhões de reais para a realização de
cirurgias de média complexidade.” Vejam como é importante, é uma vitória, sim,
mas aqui com as contribuições do Governo Federal, do Ministério da Saúde, que
aportou os recursos. E isso é muito bom para a Cidade, é muito bom para o Rio
Grande, porque 60% dessas cirurgias foram feitas para pessoas de fora de Porto
Alegre. Então, isso sim tem marca importante do Governo Federal, que garantiu
os recursos.
A
questão elencada pelo Ver. Luiz Braz sobre uma contribuição que o companheiro
José Carlos dos Reis recebeu do BMG não tem nada demais; a contribuição é
legal, está declarada. Qual é o problema, Vereador? O problema são os canais de
desconto? São mais de trinta na Prefeitura, e eu vou citar dez: BMG, ASSEF,
Banrisul, Aiamu, Cooperpoa - que é herdeira do Montepio -, Simpa, ATEMPA,
Astec, Assespro e outras. Então, Vereador, fique tranqüilo, porque aqueles
companheiros que receberam doações do BMG, ou das instituições... As
contribuições estão declaradas na forma da lei, como prescreve e recomenda a Justiça
Eleitoral. Então, não se preocupe com esse assunto.
Agora, eu queria corroborar um pouco e discutir a
questão, pegando um gancho que levanta, de forma muito apropriada, o Ver.
Bernardino, pois eu estou ingressando na Justiça, Ver. Bernardino, contra a
Vivo também, porque em um mês eles tentaram me cobrar 370 mil reais a mais; eu
reclamei, e eles viram que estava errado e acederam. No mês seguinte, no acesso
à caixa de mensagens, depois de deletada, a mensagem retornava de três em três
minutos, dia e noite, sem parar, gerando custos, e eles queriam me cobrar a
conta. Eu cansei de reclamar e então deixei suspenderem os serviços e estou
entrando na Justiça. A Vivo é campeã de reclamações, aqui no Rio Grande do Sul,
de abusos contra os consumidores.
Mas quero fazer um gancho com isso porque é
importante que se faça esse debate. Essa idéia que alguns querem passar de que
só a privatização resolve os problemas é uma balela, isso é uma falsidade! Por
quê? Porque se dessem as tarifas que deram para a telefonia, para a energia,
para os setores, como estão dando para empresas privadas, com certeza o público
teria feito mais e melhor, assim como quiseram fazer com, por exemplo, aqueles
projetos de privatização da água, que diziam que nós éramos incompetentes para
gerenciar serviços de qualidade em água e saneamento, Ver. Bernardino. E nós
provamos por “a” mais “b” que somos muito mais competentes do que o privado
para gerir esses serviços.
Então, se nós tivéssemos tarifas adequadas na
telefonia, na geração de energia elétrica, em muitos setores da economia, dos
serviços públicos, das estatais, nós teríamos mais Petrobras, nós teríamos mais
empresas dessa qualidade e desse quilate que seriam líderes no mundo como assim
era a Embratel.
Agora, o que não está dito aqui é que a
privatização servia aos interesses escusos do Presidente Fernando Henrique
Cardoso, do ex-Governador Antônio Britto e de toda essa gente que agora, com
certeza, a CPI do Mensalão vai passar a limpo, porque ela vai tocar em assuntos
que desde 1997 este Brasil merece saber. Aí, sim, eu creio que nós vamos ver a
verdade, porque a verdade não é isso que a grande mídia tenta passar atacando
24 horas por dia o Partido dos Trabalhadores. Com a tranqüilidade e a seriedade
necessárias, nós vamos fazer as averiguações, vamos fazer os processos, os
julgamentos e as condenações que precisarem ser feitas e o cumprimento das penas
que porventura forem necessárias. Não vamos aqui “passar em branco” aquilo que
se fez de desmonte, de desnacionalização, de entreguismo no Brasil, e o Ver.
Luiz Braz vem falar aqui que defende o Brasil. É bom que V. Exª o faça, porque
o seu Presidente nos deixou na ruína. O Fernando Henrique Cardoso foi o pior
Presidente deste Brasil; ele acobertou, sim, mais de vinte CPIs, como o
Governador Geraldo Alckmin, que acobertou mais de quarenta CPIs em São Paulo.
Isso vai ter de vir à tona, porque a verdade tarda, mas não falha, e aí vamos
ajudar a passar o Brasil a limpo, o que se faz necessário de fato. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não temos mais
oradores inscritos, e não há quórum para prosseguirmos a Sessão. Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 11h53min.)
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